Antiga Algodoeira Matarazzo
Ainda resiste ao tempo as edificações onde funcionou uma usina de beneficiamento de algodão pertencente a um dos cerca de 350 empreendimentos da I.R.F.M. (Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo) – por algum tempo, o maior complexo industrial da América Latina – tendo como acionista majoritário do grupo, o imigrante italiano Francesco Antônio Maria Matarazzo – também conhecido como Conde Francisco Matarazzo – um visionário que contribuiu significativamente no processo de industrialização no Brasil. De mascate a empresário no seu auge, foi considerado o homem mais rico do país e o italiano mais rico do mundo, tendo uma fortuna estimada em 20 bilhões de dólares americanos, a quinta maior do planeta.
O título de Conde foi-lhe concedido pelo rei da Itália, Vítor Emanuel III, após ter enviado mantimentos, durante a Primeira Guerra Mundial, aquele país. Tinha admiração por Benito Mussolini, a ponto de contribuir com o fascismo financeiramente, e era um sujeito popular entre os italianos que viviam no Brasil.
O prédio da usina possui arquitetura imponente, da década de 40, construído em tijolo aparente, Trata-se de galpões de planta retangular, com linhas retilíneas, sóbrio e austero assemelhando-se à arquitetura ao estilo neoclássico. O maquinário original que funcionava a combustível, ao longo dos anos, foi sendo substituído por outros de tecnologia mais avançada.
Hoje o local não pertence mais ao Conde, mas os vestígios de seu império permaneceram por toda parte. Em Votuporanga, recebeu homenagem póstuma com denominação de avenida e o bairro “Matarazzo”, ambos nas adjacências da antiga algodoeira. Hoje, abriga uma das unidades do Ecotudo.
Endereço: Avenida Conde Francisco Matarazzo, 1793